quarta-feira, 7 de julho de 2010

Seja Vegetariano: Pelo Planeta

Se atendermos ao modo como a produção agro-pecuária – como quer que aconteça, mas ainda mais especialmente a intensiva (que é a mais comum e que é a principal responsável por trazer a carne, os ovos e o leite às prateleiras dos supermercados e às nossas mesas de refeição) – tem impactos devastadores no ambiente, o caso ecológico a favor do vegetarianismo aparece como outra razão de peso para sermos vegetarianos.



Sabia que:
A produção animal é altamente poluente e desperdiçadora de recursos (a produção de carne, ovos e leite exige um consumo de água e energia muito superior à produção de vegetais) e é uma grande causadora da desflorestação (grandes áreas florestais são destruídas para dar lugar a pastos para criação de animais)? E que a pesca industrial é igualmente devastadora para a vida nos rios e nos oceanos, provocando um constante e progressivo desequilíbrio nestes ecossistemas?



Está preocupado com o equilíbrio ecológico do planeta? Então, seja vegetariano!
• Nas últimas décadas, a criação de animais para serem mortos e transformados em carne e para serem explorados pelos seus ovos e leite, assim como pela sua pele e lã, cresceu em todo o mundo de forma colossal, de um modo absolutamente não-sustentável, trazendo consigo efeitos ambientalmente devastadores;
• Num mundo onde a falta de água – recurso vital cada vez mais evidentemente esgotável – se intensifica progressivamente, afectando drasticamente a população humana na Terra, mas também os outros animais, manter – e, pior, aumentar – a produção animal é um erro de desperdício imenso: a produção de um quilo de carne exige muito mais água do que a produção de um quilo de vegetais, do que se segue que a opção mais correcta e sustentável para produzir mais alimentos gastando a menor quantidade possível de água é apostar exclusivamente na produção de vegetais;
• São usados cerca de 2000 litros de água para produzir um quilo de carne – enquanto são usados apenas cerca de 50 litros de água para produzir um quilo de trigo;
• A exploração de vacas, porcos, ovelhas, galinhas e outros animais com fins alimentares tem tido efeitos preocupantemente importantes no aquecimento global: 10% da emissão de todos os gases nocivos, incluindo cerca de 25% das emissões de gás metano (que é considerado um dos mais potentes gases que tão nefastamente influencia o aquecimento global), provêm da exploração pecuária;
• Estima-se que, todos os anos, cerca de 13 mil milhões de toneladas de dejectos sejam produzidos pelos animais explorados na indústria pecuária. Dependendo de qual seja o destino dado a estes dejectos – sendo que o destino destes são tantas vezes rios -, o seu impacto ambiental será extremamente profundo ou “apenas” muito grave. Facilmente se conclui que, ao contrário da produção vegetal – que não gera dejectos -, esta é uma actividade altamente poluente;
• Os níveis de poluição da terra, da água e do ar ficam ainda mais elevados considerando os milhares de milhões de dejectos acima referidos combinados com o uso excessivo de fertilizantes, adubos e pesticidas usados para cultivar os terrenos agrícolas;
• A exploração pecuária provoca também um grave desequilíbrio ecológico na Terra através da desflorestação. Na América Central e na América do Sul, imensas florestas tropicais de enorme importância ecológica, com uma enorme diversidade de espécies animais e vegetais que nelas habitam, têm extensas áreas dizimadas e desflorestadas para darem lugar a pastagens para vacas que serão transformadas em carne e a plantações de soja para alimentar estes animais;
• Uma área de terreno com as mesmas dimensões de sete campos de futebol é destruída a cada minuto que passa. 55m2 de floresta tropical podem ser destruídos para serem usados na produção de apenas cerca de 125g de carne. Cada vegetariano, pelo simples mas importante facto de ter uma dieta exclusivamente à base de produtos vegetais, salva cerca de 3.000m2 de floresta por ano, que já não serão destruídos e convertidos em explorações pecuárias;
• Em África, assim como noutras partes do mundo, dá-se também o fenómeno da desertificação (do solo), que resulta da pastagem excessiva de um solo que não suporta o acréscimo de animais que pastam e que são criados e explorados para corresponder ao recente aumento da procura da sua carne neste continente.

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