quinta-feira, 17 de junho de 2010

Alimentos Funcionais e Coloridos!

Diversas práticas alimentares milenares provenientes do Oriente, especialmente do Japão e da China, deram origem ao conceito de alimentos funcionais, aos quais são atribuídos propriedades benéficas à saúde, atuando na prevenção e na terapia de diversas Doenças Crônicas não transmissíveis.
Pode-se considerar Alimento Funcional todo aquele que apresenta uma ou mais substâncias com funções fisiológicas e bioquímicas benéficas à saúde do homem.
Há um grupo de alimentos funcionais determinados pela Associação Dietética Americana, no qual podemos destacar :


  • Alimento Funcional: qualquer alimento ou ingrediente modificado que possa propiciar um efeito benéfico além daquele provido por nutrientes tradicionais que ele contém;


  • Fitoquímicos: substâncias encontradas em frutas e vegetais comestíveis que podem ser ingeridas diariamente pelo homem e que exibem potencial para modular o metabolismo humano de modo favorável à prevenção do câncer e outras doenças crônicas;


  • Nutracêutico: qualquer substância que possa ser considerada um alimento ou parte deste e que ofereça benefícios médicos ou de saúde, incluindo a prevenção e o tratamento de doenças.


No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA- afirma, sobre alimentos funcionais, que “o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”.
A seguir temos algumas alegações de propriedades funcionais e de saúde aprovadas pela ANVISA.


  • Ácidos graxos ômega 3: o consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.


  • Licopeno: possui ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres.


  • Fitoesteróis: auxiliam na redução da absorção de colesterol.


  • Luteína: possui ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres.


  • Fibras Alimentares: auxiliam o funcionamento do intestino.


  • Psyllium: uma fibra alimentar que auxilia na redução da absorção de gordura.


  • Quitosana: auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol.


  • Probióticos: contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve ser associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.


  • Proteína de Soja: o consumo diário de, no mínimo, 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol e auxilia na redução dos calores da menopausa.


  • Frutooligossacarídeos: os frutooligossacarídeos (FOS) contribuem para o equilíbrio da flora intestinal.
Mas é claro que nada adianta consumir alimentos funcionais se seu consumo não estiver associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.


SAÚDE À MESA

Não é novidade que a natureza traz uma série de alimentos com poderes terapêuticos. Pesquisas mundiais já comprovaram que o ômega 3 presente nos peixes reduz o nível de colesterol no sangue, que a soja atenua os sintomas da menopausa, que o tomate ajuda na prevenção do câncer de próstata e que o abacate protege o corpo dos radicais livres. Sabe-se, portanto, que muita coisa que a gente ingere, além de nutrir o corpo, conta com componentes bioativos que produzem efeitos metabólicos ou fisiolóicos benéficos ao organismo humano. A diferença é que agora eles são apresentados com a classificação de "funcionais".
"Deu-se nome aos bois", resume a nutricionista clínica funcional Denise Madi Carreiro, de São Paulo. De acordo com ela, nos últimos anos, fala-se tanto sobre esse assunto graças à descoberta das substâncias que tornam determinados alimentos boas fontes para diminuir o risco de doenças. Carotenóides (presentes no pimentão ou na laranja), limonóides (encontráveis nas cascas das frutas cítricas), fenóis (que estão nos vegetais de cores roxa, azul ou violeta) ou flavonóides (cuja soja é a grande representante) são alguns dos componentes ativos capazes de prevenir ou reduzir males que vão da constipação intestinal à osteoporose, arteriosclerose e até mesmo certos tipos de câncer.

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME
Todo alimento natural (ou seja, não-processado industrialmente) pode ser classificado como "funcional", já que contêm, em doses variadas, vitaminas, minerais, enzimas ou fibras essenciais para a saúde. "No entanto, são apenas alguns alimentos que trazem essa capacidade protetora do organismo", salienta a nutricionista clínica Carina Pioli, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, localizado na capital paulista.
Segundo a médica, é importante notar que não basta simplesmente devorar doses cavalares dos alimentos com reconhecimento medicamentoso. Isso porque nem sempre as proteínas de tudo que se ingere são absorvidas pelas células. Cada pessoa tem uma resposta bioquímica ao que consome, por isso, suas necessidades são particulares.
Em alguns casos, quando o organismo encontra dificuldade em reconhecer as substâncias que poderiam fortalecê-lo, podem ocorrer reações inflamatórias que contribuem para o desenvolvimento de males como rinite, otite, bronquite, gastrite e até celulite, ou ainda inchaços, dor de cabeça, ansiedade, falta de concentração, alterações de humor e obesidade. "Somos reflexo do que ingerimos para abastecer nossas células", pontua Denise Carreiro. Dados da OMC (Organização Mundial da Saúde) apontam que 80% das mortes por doenças crônicas não-trasmissíveis tiveram relação com a alimentação incorreta.

Saiba mais sobre a atuação dos principais alimentos funcionais no organismo:

Abacate (betasistosterol): Rico em vitaminas E e C, potentes antioxidantes, promove a saúde dos dentes e das gengivas e protege os tecidos do corpo dos radicais livres. Seus fitonutrientes reduzem o colesterol sangüíneo;



Alho e cebola (alicina e compostos derivados): Estudos apontam que muitos compostos desses alimentos exercerem atividades anticancerígenas e antiaterogênicas. Eles ainda estimulam a função imunológica e favorecem a redução do colesterol "ruim";



Chá verde (compostos fenólicos): tem ação antioxidante que reduz o risco de câncer (particularmente o câncer de estômago) e de doenças cardíacas, impedindo a formação e desenvolvimento de tumores. Melhora ainda a produção de suco gástrico e, por isso, diminui a gordura abdominal;



Couves, brócolis, repolho e nabo, entre outros vegetais crucíferos (glicosinolatos)
: previnem câncer e doenças cardiovasculares por sua ação antioxidante nas células. Todos são ricos em fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino;



Aveia, trigo e arroz integral, entre outras fibras (glucanas): resistentes à hidrólise (as fibras não são quebradas pelas enzimas do tubo digestivo), promovem a sensação de saciedade precoce e retardam a absorção de carboidratos, açúcar e gordura. Também reduzem o risco de câncer, particularmente aqueles do trato alimentar, tais como câncer coloretal e gástrico;

Leites fermentados (probióticos): previnem o câncer intestinal e de colorretal e participam do controle da glicemia. Esses microorganismos colaboram com o funcionamento e o equilíbrio dos organismos benéficos da flora intestinal;



Azeites (ômega 3): reduzem os níveis de colesterol sangüíneo e o risco de doenças cardiovasculares. Sabe-se hoje que a maior parte das doenças crônicas não-transmissíveis podem ser evitadas com o ômega 3;




Pimenta (capsaicinóides): São boas fontes de antioxidantes e, segundo estudos, podem atuar como anticoagulante, prevenindo a formação de coágulos que causam ataques cardíacos ou até derrames cerebrais;

Soja e derivados (isoflavona): reduzem a freqüência e intensidade dos sintomas da menopausa, previnem osteoporose, protegem contra o câncer (principalmente o de mama e o de próstata) e doenças cardíacas, e diminuem o colesterol "ruim" pela ação antioxidante da isoflavona, que também combate os radicais livres;


Tomate vermelho, amora e goiaba vermelha (carotenóide licopeno): protegem contra o câncer de próstata e contra doenças cardiovasculares (o tomate na forma de molho tem ainda mais concentração de seu componente ativo) e neutraliza os radicais livres.

Por isso, o ideal, garantem as nutricionistas, é investir na velha receita: dieta variada, moderada e equilibrada. Em outras palavras, é necessário combinar um cardápio que ofereça todos os nutrientes essenciais e, ao mesmo tempo, contribua para a manutenção do peso ideal do corpo. Quem tem como objetivo perder alguns quilos, por exemplo, deve optar pelo consumo máximo de vegetais (5 porções) e frutas (4 porções), que apresentam baixas calorias, e o mínimo de porções dos grupos de carboidratos complexos (6 porções) e proteínas (2 porções de laticínios ou  leguminosas), que tendem a ter mais calorias.

Enlatados
O problema é que a sociedade industrial e a vida nos grandes centros urbanos têm criado gerações de pessoas sedentárias, estressadas e com péssimos hábitos alimentares. É para elas que a mercado não pára de criar uma infinidade de produtos industrializados que se apresentam como "funcionais" e pretendem suprir as deficiências nutricionais, além de evitar o risco de doenças. Leite longa vida acrescido de ômega 3, farinhas com fibras, vinagre com acerola, além de fórmulas à base de proteína de soja com dosagens de isoflavonas estão entre os alimentos "enriquecidos".
Desde 99, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde) aprovou a regulamentação desses alimentos e ingredientes. Entre os recentemente estudados, estão os prebióticos e os probióticos. Os primeiros são alguns tipos de fibras alimentares, cuja configuração molecular os torna resistentes à ação de enzimas e, assim, não são digeríveis pelo organismo. Com isso, facilitam o trânsito intestinal e reduzem desconfortos e até mesmo doenças. Já os probióticos são microorganismos adicionados a certos alimentos - leites e iogurtes, especialmente -, que reforçam a ação das bactérias benéficas e diminuem a ação das patogênicas.
Ainda assim, é preciso levar em consideração que nem sempre alguns desses alimentos industrializados trazem concentrações suficientes dos componentes funcionais. As médicas consultadas para a reportagem reforçam que o consumo desses produtos (que têm custo mais elevado), com a finalidade diminuir as chances de desenvolver doenças, precisa estar associado a uma alimentação que também conte com produtos naturais, além da prática de alguma atividade física. Com tudo isso, fica fácil imaginar como o que se põe à mesa exerce papel fundamental no retardo do processo de envelhecimento.






Alimentos funcionais são aqueles alimentos ou ingredientes que, além das funções nutricionais básicas, quando consumidos como parte da dieta usual, produzem efeitos metabólicos, fisiológicos e/ou benéficos à saúde. Eles devem ser seguros para consumo sem supervisão médica. E sua eficácia e segurança devem ser asseguradas por estudos científicos.
Importância para a saúde
Atualmente, enfrenta-se um avanço das doenças crônicas degenerativas por conta de um estilo de vida desequilibrado que envolve maus hábitos alimentares e sedentarismo. O consumo regular dos alimentos funcionais pode ser uma alternativa para ajudar a conter o avanço dessas doenças.
Alimentos funcionais não curam doenças, ao contrário dos remédios. Por possuírem certos componentes ativos, eles são capazes de prevenir ou reduzir o risco de determinadas doenças. Na sua forma natural, ou seja, como alimento, não apresentam contra-indicações e podem ser consumidos com tranqüilidade, sem prescrição médica. Sua ação vem sendo investigada sobre as doenças cardiovasculares, inflamatórias e intestinais, câncer, hipertensão, diabetes, certas afecções reumáticas e Mal de Alzheimer, entre outras.

Segue abaixo alguns Alimentos Funcionais e suas Propriedades:

AVEIA
Ajuda a diminuir o colesterol “ruim”, o LDL.. Ajuda a melhorar a prisão de ventre - fator de risco para o câncer de intestino.
Quantidade recomendada:
3 colheres de sopa por dia de farelo de aveia;4 colheres de sopa de aveia.

ALHO
Reduz a pressão arterial;. Protege o coração ao diminuir a taxa de colesterol ruim;. Aumenta os níveis do colesterol bom, o HDL;. Pesquisas indicam que pode ajudar na prevenção de tumores malignos;
Quantidade recomendada:
um dente por dia (para diminuir o colesterol e a pressão arterial).

AZEITE
Auxilia na redução do LDL – “Colesterol ruim”;. Sua ingestão no lugar de margarina ou manteiga pode reduzir em até 40% o risco de doenças do coração;. Substitua a manteiga e margarina pelo azeite de oliva, procure o extra virgem, primeira prensagem a frio. Use-o com: pão, biscoito, inhame, aipim, cuscuz, saladas, sopas, etc;
Quantidade recomendada: uma colher de sopa

CASTANHA-DO-PARÁ
Assim como noz, pistache e amêndoa, auxilia na prevenção de problemas cardíacos.. Rica em Selênio – mineral presente em mais de 300 enzimas do organismo.
Quantidade recomendada: 1 unidade por dia

CHÁ VERDE
Auxilia na prevenção de tumores malignos além de retardar o envelhecimento..Estudos indicam ainda que pode diminuir as doenças do coração, prevenir pedras nos rins e auxiliar no tratamento da obesidade.
Quantidade recomendada: De 4 a 6 xícaras por dia(para reduzir os riscos de gastrite e câncer de esôfago).

TOMATE
Auxilia na prevenção do câncer de próstata;
Quantidade recomendada: uma colher e meia (sopa) de molho de tomate por dia.Outros alimentos fontes de licopeno: Melancia, Goiaba, Mamão, Caqui

UVA VERMELHA
Substância: RESVERATROL - presente no vinho tinto seco ou no suco de uva vermelha;. Ajuda a aumentar o colesterol bom;. Evita o acúmulo de gordura nas artérias,prevenindo doenças do coração;
Quantidade recomendada : dois copos de suco de uva ou uma taça de vinho tinto SECO por dia.

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SIGNIFICADO DAS CORES DOS ALIMENTOS
As cores dos alimentos são determinadas pela presença dos pigmentos. Estas substâncias, além de colorir desempenham, frequentemente, papéis importantes na prevenção e na proteção do organismo contra doenças infecciosas.
Uma dieta colorida tem mais chances de ser mais saudável. Veja a seguir o que está por trás das cores dos alimentos.

Alimentos Brancos
Os alimentos de cores brancas como o leite, queijo, couve-flor, batata, arroz, cogumelo e banana são as melhores fontes de cálcio e de potássio. Estes minerais são importantes para o funcionamento do organismo, porque:
1. Contribuem na formação e manutenção dos ossos.
2. Ajudam na regulação dos batimentos cardíacos.
3. São fundamentais para funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.

Alimentos Vermelhos
O licopeno é uma substância que age como antioxidante e é responsável pela cor vermelha do morango, tomate, melancia, caqui, goiaba vermelha, framboesa, cereja.
Mais recentemente foi apontado como um protetor eficaz contra o aparecimento de câncer de próstata. Os alimentos vermelhos contêm, ainda, antocianina que estimula a circulação sangüínea.

Alimentos Amarelos
O mamão, a cenoura, a manga, a laranja, a abóbora, o pêssego e o damasco são alimentos de cores amarela ou alaranjada que são ricos em vitamina B-3 e ácido clorogênico.
São substâncias que mantêm o sistema nervoso saudável e ajudam a prevenir o câncer de mama.
Para completar, eles também possuem beta-caroteno, um antioxidante que ajuda a proteger o coração.

Alimentos Arroxeados
Os alimentos azulados e arroxeados, como a uva, a ameixa, o figo, a beterraba ou repolho-roxo contêm ácido elágico, substância que:
1. Retarda o envelhecimento.
2. Neutraliza as substâncias cancerígenas antes mesmo delas alterarem o código genético

Alimentos Verdes
Os alimentos de cor verde como os vegetais folhosos, o pimentão, o salsão e as ervas contêm clorofila e vitamina A, substâncias com os seguintes efeitos:
1. Desintoxicam as células.
2. Inibem os radicais livres — substâncias que danificam as células e causam doenças com o passar do tempo.
3. Tem efeito anticancerígeno e ajudam a proteger o coração.
4. Protegem o cabelo e a pele.

Alimentos Marrons
As fibras e vitaminas do complexo B e E são, principalmente, encontradas nas nozes, aveia, castanhas e cereais integrais, que por sua vez tem uma cor marrom.
Tais substâncias e nutrientes têm importâncias vitais no organismo:
1. Melhoram o funcionamento do intestino.
2. Combatem a ansiedade e a depressão.
3. Previnem o câncer e as doenças cardiovasculares.

Vitaminas e sais minerais

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