sábado, 13 de junho de 2015

O que é Anemia?


Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a Anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela anemia, muito embora homens - adolescentes e adultos - e os idosos também possam ser afetados pela anemia.

Causas
As causas da Anemia por deficiência de ferro, tanto em crianças como em gestantes, são basicamente o consumo insuficiente de alimentos fontes de ferro e/ou com baixa biodisponibilidade. Na gestante, pode-se destacar também as baixas reservas de ferro pré-concepcionais e a elevada necessidade do mineral em função da formação dos tecidos maternos e fetais.

Sintomas de Anemia
Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos, necessitando-se de exames laboratoriais (sangue) para que seja confirmado o diagnóstico de Anemia Ferropriva. Os principais sinais e sintomas da anemia por carência de ferro são:

fadiga generalizada
anorexia (falta de apetite)
palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas)
menor disposição para o trabalho
dificuldade de aprendizagem nas crianças
apatia (crianças muito "paradas").


Diagnóstico de Anemia
Para o diagnóstico da anemia, é necessário recorrer aos indicadores laboratoriais (hematológicos). O nível de hemoglobina é um dos indicadores que tem sido amplamente utilizado em inquéritos epidemiológicos, além de ser considerado adequado num diagnóstico preliminar para levantamentos em campo.

O ponto de corte proposto pela OMS para nível de hemoglobina indicativo de anemia em crianças de 6 a 60 meses e em gestantes é abaixo de 11,0 g/dl.


Tratamento de Anemia
O ferro pode ser fornecido ao organismo por alimentos de origem  vegetal.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o leite e o ovo não são fontes importantes de ferro. Contudo, no mercado já existem os leites vegetais enriquecidos com ferro.
Entre os alimentos de origem vegetal, destacam-se como fonte de ferro os folhosos verde-escuros (exceto espinafre), como agrião, couve, cheiro-verde, taioba; as leguminosas (feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas, melado de cana, rapadura, açúcar mascavo. Também existem disponíveis no mercado alimentos enriquecidos com ferro como farinhas de trigo e milho, cereais matinais, entre outros.

A presença de ácido ascórbico, disponível em frutas cítricas, e alimentos ricos em proteínas na refeição melhora a absorção de ferro proveniente de produtos vegetais, como: brócolis, beterraba, couve-flor e outros. Por outro lado, existem alguns fatores (fosfatos, polifenóis, taninos, cálcio) que podem inibir a absorção do ferro, presentes em café, chá, mate, cereais integrais, leite e derivados.

Ressalta-se que o leite materno é considerado fator protetor contra Anemia por deficiência de ferro devido à alta biodisponibilidade do ferro existente. Estudos evidenciam associação de anemia em crianças que tiveram pouco tempo de aleitamento materno exclusivo, alimentação prolongada com leite de vaca e com a introdução da alimentação complementar precoce.

Complicações possíveis
O Ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do Oxigênio para todas as células do corpo.

A anemia ferropriva traz os seguintes efeitos adversos ou consequências: diminuição da produtividade no trabalho, diminuição da capacidade de aprendizado, retardamento do crescimento, apatia (morbidez), perda significativa de habilidade cognitiva, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal. Além disso, pode ser a causa primária de uma entre cinco mortes de parturientes ou estar associada a até 50% das mortes.

Em crianças a anemia está associada ao retardo do crescimento, comprometimento da capacidade de aprendizagem (desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da linguagem, efeitos comportamentais como a falta de atenção, fadiga, redução da atividade física e da afetividade, assim como uma baixa resistência a infecções. Nas grávidas, a anemia é associada ao baixo peso ao nascer e a um incremento na mortalidade perinatal.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Anemia não é só Falta de Ferro!

A chamada Anemia é a condição na qual o conteúdo de hemoglobina, célula que leva oxigénio a todos os orgãos e tecidos do nosso corpo está abaixo do normal, como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. A maioria da população pensa em anemia como deficiência de ferro, porém a falta de algumas vitaminas do complexo B, podem ser a causa da diminuição de hemoglobina, chamada também de células vermelhas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 30% da população mundial possua algum tipo de anemia, e que esse índice  chegue a 50% em crianças menores de 2 anos.
Os principais sintomas da anemia é o cansaso, sonolência, indisposição e dificuldade de aprendizado.
Existem vários tipos de anemias, mas nem todas são de causas nutricionais. As anemias que estão diretamente envolvidas com a alimentação são as chamadas: anemia ferropriva (deficiência de ferro) e anemias megaloblastica ou perniciosa (defiência de Vitamina B9 ou B12).


Anemia Ferropriva

A anemia por deficiência de ferro é a mais comum, principalmente entre adultos, e suas principais causas são:

- Carência de alimentos ricos em ferro na alimentação ou perda crônica de sangue, principalmente entre as mulheres, pelo sangramento menstrual, nos adultos;

- E nas crianças, principalmente menores de 2 anos, pelo aumento da necessidade de ferro, que muitas vezes não é suprida, pois depois dos seis meses de vida a criança necessita de uma alimentação complementar para atingir todas as suas necessidades nutricionais.

Em casos de anemia ferropriva é necessário aumentar a ingestào de ferro através de alimentos como:  leguminosas como feijão, lentilha e grão de bico, fontes de ferro vegetal; nesses casos, a vitamina C é muito importante para auxiliar na absorção do ferro vegetal, portanto frutas como laranja, limão e abacaxi são recomendadas após as refeições.

Na anemia ferropriva pode haver também suplementação através de sulfato ferroso, lembrando sempre que a mesma deve ser feita por um médico.


Anemia Megaloblastica ou Perniciosa

Esse tipo de anemia é mais incomum, porém pode ocorrer e ser confundida com a ferropriva. A anemia megaloblastica ocorre por alterções  na síntese do DNA, fazendo com que a medula óssea produza hemoglobinas imaturas e/ou com alterações morfológicas, essas células sào chamadas de macrocíticas, devido ao seu aumento de tamanho, essas alterações na produção de células vermelhas ocorrem principalmente por carência de vitamina B9, também chamada de ácido fólico e/ou vitamina B12.

Nesse caso devemos buscas alimentos ricos nesses nutrientes:
Os  alimentos ricos em ácido fólico (vitamina B9) são: agrião, brócolis, espinafre, couve, alface, feijão, aveia, centeio, iogurte vegetal, banana, melão, mamão, abacaxi, couve-flor, repolho, laranja, quiabo, manga, beterraba, pão integral, lentilha, tomate e caqui.

Os alimentos ricos em vitamina B12 são de origem animal.

Portanto, é importante fazer exames de sangue regurlamente, assim como sempre consultar um médico e nutricionista, uma alimentação equilibrada é sinônimo de saúde!

por Nutricionista Fernanda Marino de Oliveira


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Cerca de 1/3 da população mundial sofre com a anemia, considerada a deficiência nutricional mais comum em nossos tempos (FONTE: Organização Mundial da Saúde).


Descubra se você tem

Conhecer os sintomas típicos da doença é fundamental para que o tratamento médico seja iniciado precocemente.

Nesse sentido, o primeiro passo é saber que é a baixa concentração de hemoglobina no sangue o que sinaliza a anemia.

- Mulheres com concentração de hemoglobina abaixo de 12 g/dL (12 gramas por decilitro) já estão num patamar de risco. Para os homens, a concentração menor que 13 g/dL é que indica a necessidade urgente de procurar um médico.

- A intensidade dos sinais físicos varia de acordo com o quadro. As anemias, em geral, podem ser classificadas como agudas ou crônicas.

As agudas estão relacionadas com uma grande perda de sangue, ocasionada por uma hemorragia, por exemplo. Seus sintomas são bastante intensos, sendo os mais comuns: cansaço, fraqueza, sonolência, dor nas pernas, taquicardia, palidez, cefaleia, mãos e pés frios e até uma redução nas habilidades cognitivas e psicomotoras.

Já as anemias crônicas costumam provocar os mesmos sintomas, porém numa intensidade muito menor. Nesses casos, as principais queixas referem-se à palidez e a uma sensação de fraqueza provocada por mínimos esforços.

Panela de ferro funciona?
Cozinhar nesse tipo de panela, costume das famílias de antigamente, pode ser uma maneira interessante de prevenir e evitar que se agravem os quadros de anemia.

A receita do tempo das nossas avós realmente funciona. Para se ter uma ideia, a quantidade de ferro em 100 g de molho de tomate cozido em travessa de vidro é de 3 mg. Porém, se o molho for feito na panela de ferro, o valor sobe para 87 mg.

Mulheres em período reprodutivo, particularmente na gestação, e crianças nos primeiros anos de vida estão mais suscetíveis a desenvolver quadros de anemia por falta de ferro.

Nas mulheres férteis, são as perdas durante o período menstrual que contribuem para aumentar os riscos.

É muito comum que pacientes com esse tipo da doença apresentem um quadro chamado de hipermenorreia – menstruam num volume muito acima da média. Desatentas a esse sintoma e considerando tal fato como normal, elas não buscam tratamento. Assim, a longo prazo, apresentam essa deficiência. Já na gravidez é o desenvolvimento do feto que pode aumentar o uso das reservas da mãe, deixando-a mais fragilizada.Por esse motivo, é normal que, durante o pré-natal, elas recebam uma suplementação para repor o ferro perdido.

Nas crianças, o crescimento acelerado é o responsável pelo uso de grande quantidade desse mineral pelo organismo.

Outros tipos de doença

Além daquela causada pela falta de ferro, que é a mais comum em nosso país, há outros tipos da doença, relacionadas à falta de nutrientes como a caracterizada pela baixa nas reservas de vitamina B12.

Essa molécula é indispensável para a proliferação dos glóbulos vermelhos do sangue e para a manutenção da integridade das células nervosas.

Como se trata de uma vitamina de origem exclusivamente animal, esse tipo de disfunção costuma atingir vegetarianos.

Outros alvos fáceis são as pessoas que têm problemas na absorção da vitamina, normalmente causados por uma doença autoimune da mucosa do estômago, chamada de gastrite atrófica.

Os sintomas mais comuns desse tipo de anemia são língua vermelha e com sensação de ardência e dormência nas extremidades (mãos e pés).

Se não for tratado, o problema pode causar alterações neurológicas importantes.

A interação do ácido fólico com a vitamina B12, por sua vez, é indispensável para o crescimento dos glóbulos do sangue.

Por isso mesmo, uma baixa nas reservas desse ácido pode levar à anemia. Nesse caso os sintomas são diferentes e o mais comum é que a pessoa que sofre desse problema perca completamente o apetite e, como consequência, emagreça muito rapidamente. Nos dois casos, o tratamento com suplementos é o mais utilizado para corrigir a deficiência, além de uma reeducação alimentar.

Outro erro bastante comum é a combinação inadequada de alimentos durante as refeições.

O bom e velho cafezinho, quando consumido logo após o almoço ou o jantar, pode se transformar num vilão e tanto.

Bebidas como café, chá, achocolatado e vinho, por serem ricos em compostos fenólicos, polifenóis e fosfatos, podem retardar a absorção do ferro pelo organismo.

O leite e seus derivados podem inibir o aproveitamento do ferro pelo organismo.

No outro extremo estão os alimentos ricos em vitamina C, como as frutas cítricas e os vegetais escuros. Consumidos durante o almoço ou o jantar, ou logo depois deles, são capazes de potencializar o aproveitamento desse mineral tão importante para o funcionamento do nosso corpo.

A vitamina C pode aumentar em até três vezes a absorção do ferro. Encher o prato de verduras ou terminar suas refeições com uma boa salada de frutas é uma medida preventiva para evitar a deficiência do nutriente.

Uma maneira bastante eficiente de evitar ou tratar o problema é incluir alimentos ricos em ferro na dieta diária. São eles: frutas secas, melaço, pães de trigo integrais e enriquecidos, vinhos, cereais e feijão.

Nos casos em que a anemia está mais avançada ou quando é causada por outras doenças de base, que atrapalham a absorção de ferro, é comum que os médicos receitem um suplemento capaz de corrigir a deficiência.

A medida também é bastante utilizada no caso dos vegetarianos, que suprimem de seus cardápios a carne, uma das principais fontes do mineral.


COMA PARA SE RECUPERAR

Embora o acompanhamento médico seja indispensável no tratamento da anemia, a alimentação correta pode acelerar a melhora de quem já está sofrendo desse mal.

Optar por uma dieta que respeite as necessidades diárias de ferro certamente ajudará a diminuir mais rapidamente os sintomas desagradáveis que a doença causa.

Sem comentários: