domingo, 14 de fevereiro de 2010

Algas

algasAs algas marinhas ajudam a restabelecer as reservas de ferro e são óptimas fontes dos principais minerais. São vários os tipos de algas: agar-agar, aramé, bodelha, clorela, dulse, hiziki, irish moss, kombu, nori, espirulina, e wakamé.

As algas marinhas fazem parte da alimentação de muitos povos, como os chineses e os japoneses. Entre os ocidentais, são consumidas principalmente pelos vegetarianos e macrobióticos.
As algas são uma excelente fonte de iodo, mineral essencial ao correcto funcionamento da tiróide. Outros minerais que normalmente se encontram nas algas são o ferro, o potássio, o cálcio, o cobre, o magnésio e o zinco.
A maioria das algas contém ainda betacaroteno (provitamina A) e algumas das vitaminas do complexo B. A maioria dos tipos de algas apresentam um elevado conteúdo proteico, sendo ricas nos aminoácidos essenciais.
São os únicos alimentos de origem vegetal que contêm vitamina B12. No entanto, a vitamina B12 existente nas algas encontra-se numa forma biologicamente inactiva, isto é, o organismo não consegue utilizá-la convenientemente. Deste modo, as algas não são uma fonte credível de vitamina B12.
O consumo regular de algas pode ajudar a combater a anemia, uma vez que ajudam a manter e restabelecer as reservas de ferro.
As algas aumentam o volume das refeições, sendo contudo pobres em gordura e calorias. Tem uma composição gelatinosa e um elevado teor de fibras.
Como são muito ricas em carotenos, podem ter um efeito protector contra a mutação de certas células cancerígenas.
Além dos benefícios nutricionais e terapêuticos, de alguns tipos de algas são também extraídas substâncias utilizadas na indústria alimentar e de cosmética. Por exemplo, em alguns produtos alimentares utiliza-se o agar-agar (E-406), o carragenina (E-407) e os alginatos (E-400), substâncias que funcionam como aditivos naturais com, respectivamente, as funções de gelificantes, espessantes e estabilizantes.
Por outro lado, na cosmética as algas são muito usadas em produtos para ajudar a rejuvenescer a pele, prevenir problemas circulatórios e reumáticos e a combater a celulite.

Algumas zonas dos mares estão poluídas com metais pesados. Por isso, há toda a conveniência em adquir as algas em lojas de produtos naturais que assegurem que os produtos provêm de regiões não poluídas.
As algas compradas secas e embaladas, conservam-se quase indefinidamente enquanto fechadas; uma vez abertas as embalagens, conservam-se cerca de 4 meses num recipiente fechado.

Tipos de algas:

AGAR-AGAR - usada principalmente para engrossar os alimentos. É vendida em fios ou em flocos e não tem sabor, pelo que misturada com frutas é geralmente utilizada como gelatina (substitui as gelatinas de origem animal).
Devem demolhar-se poucos minutos e cozinhar-se até que a alga se dissolva; depois deve deixar-se solidificar até se obter uma excelente gelatina.
É um óptimo alimento em casos de obstipação e de excesso de peso.

ARAMÉ - alga escura, muito fina e de sabor suave que se cozinha com os vegetais. Pode ser cozinhada em vapor, salteada ou comida como salada. Rica em cálcio, ferro, iodo e outros minerais. Deve demolhar-se cerca de 15 minutos e cozinhar durante mais ou menos meia hora. O seu sabor suave mistura-se bem com outros sabores pelo constitui um bom começo para a apreciação de vegetais marinhos.
Auxilia na digestão e é excelente para problemas nos órgãos reprodutores femininos (especialmente) e masculinos.

BODELHA - também conhecida por sargaço, é uma alga castanha, rica em iodo que pode ser útil no tratamento do hipotiroidismo. Absorve ainda o suco gástrico e diminui a acidez. É uma alga fresca que pode ser usada em decocção ou infusão.

CLORELA - é uma microalga verde, de água doce, cujo nome se deve à riqueza em clorofila. Rica em nutrientes e ácidos nucleicos (DNA e RNA), apresenta propriedades desintoxicantes e estimulantes do sistema imunitário, sobretudo ao nível da actividade anti-viral. A clorela contribui ainda para controlar o colesterol, para além de ser também uma boa fonte de proteínas. É útil no crescimento das crianças, sobretudo quando há necessidade de enriquecimento nutricional e na nutrição de grávidas e durante a amamentação.

DULSE - alga vermelha (púrpura), macia, com sabor característico, usada em sopas e condimentos. Rica em minerais como o ferro, potássio, magnésio, iodo e fósforo.

ESPIRULINA - é uma microalga azul-esverdeada, que apresenta cerca de 70% de proteínas contendo 8 aminoácidos essenciais. É 58 vezes mais rica em ferro que o espinafre, e oferece ainda vitaminas do complexo B. É por isso um bom complemento alimentar para vegetarianos e desportistas. A sua riqueza em clorofila faz com que seja usada em preparados para eliminar o mau hálito. Ajuda a combater o cansaço tanto físico como intelectual e reforça o sistema imunitário.

HIZIKI - alga escura e comprida com textura semelhante à aramé, mas mais espessa e com um sabor a mar muito mais forte. Tem uma quantidade enorme de cálcio e também de potássio e ferro. Deve colocar-se de molho cerca de 10 minutos antes de usar, pois aumenta cinco vezes de volume quando hidratada.
O seu consumo proporciona brilho e elasticidade aos cabelos e às unhas.

IRISH MOSS - também chamada de musgo da Irlanda, é utilizada na indústria alimentar como fonte de carraginas gelatinosas para solidificar os alimentos. Apresenta uma cor entre o roxo-avermelhado e o verde-avermelhado.

KOMBU - de cor escura é mais larga e mais espessa que as outras algas. É usada para cozinhar com feijões (torna as leguminosas mais macias e digeríveis) ou com vegetais, realçando o seu sabor e ajudando na digestão das fibras. É também excelente para fazer caldos de legumes e sopas. Deve demolhar-se e demora cerca de 30 minutos a cozinhar. É bastante rica em cálcio e contém ácido glutámico, que amolece os legumes e realça o seu sabor.
Evita a formação de gases intestinais, fortalece e limpa os intestinos, aumenta a vitalidade sexual e estimula o sistema linfático. É importante no tratamento de doenças como a gota, a artrite, o reumático, a anemia, o hipotiroidismo, a digestão difícil, as colites e as dificuldades circulatórias e respiratórias.

NORI - de cor entre o verde vivo e o roxo e de folhas finas. As suas tiras secas são utilizadas como invólucro do famoso prato japonês, o sushi. Prepara-se tostando-a rapidamente na chama do fogão. Pode comer-se directamente ou parti-la em pedaços e salpicar sobre a sopa, vegetais ou feijões. É particularmente rica em ferro, potássio, iodo e proteínas. Contem também vitamina A, cálcio, ferro, vitaminas B1, B2 e C.
Elimina toxinas, favorece a digestão e activa a circulação sanguínea.

WAKAMÉ - de folhas verdes escuras e encaracoladas tem um sabor suave e adocicado. É principalmente usada na confecção de sopas (sopa de misso) ou em conjunto com os vegetais. Rica em iodo, proteínas, cálcio, ferro e magnésio.
Deve demolhar-se durante cerca de 20 minutos. Pode ser fervida em lume brando durante 10 a 15 minutos, ou cortada em bocadinhos para ser servida como salada. O seu veio central é rijo e deve ser retirado depois de amolecido em água fria, pois não amolece nem mesmo com a cozedura.
Neutraliza as toxinas do sangue e estimula as secreções enzimáticas. Auxilia em problemas pulmonares como por exemplo a asma ou a bronquite.

Referências

Fonte: Centro Vegetariano

Receitas? Clique aqui!

Sem comentários: